quinta-feira, 30 de julho de 2009

Nostalgia


noite fria
frio sentimento
nenhum acalento
só voz sombria

a sombra vazia
num breve momento
voraz como o vento
me causa agonia

dor....
não existe é rancor
tristeza que jaz
nostálgica paz

Por Celso Junior

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Mercadoria...

Ordem, cronologia, superação!
Ande!
Pense!
Precisamos de novidades!

Ah, o mercado é assim,
movido a estatísticas.
Baixa do dolaaar, grita o megafone.
E eu?
Ah, eu acompanho a passos lentos, até que
o telefone toca, outro alguém aparece dando ordem,
estou anotando... Sim Senhor tudo agendado.
Passando o cartão, como demora? Tenho pressa.

São horas, avisa o despertador meio euforico também.
Ufa! que sonho cansativo,
agora preciso ir trabalhar.

Karina Aparecida Justino

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Vida é Boa!

São tantos detalhes
Pequenos, quase esquecemos
Mas a vida insiste com pequenos entalhes
Em corações petrificados pelo tempo

A vida é maravilhosa
Quando crianças bem percebemos
A magnitude esplendorosa
Que quando adultos não vemos

Vida é a mais bela arte
Vida é o mais puro vinho
Estar vivo é embriagar-se
De amor e de carinho

A vida é inexplicável
é simples, é glamorosa
é linda, é inefável
vida é poesia e prosa


Por Celso S. Junior

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Parabéns pelo lindíssimo trabalho Rejane!
O romantismo verte das páginas do livro, desde as imagens na capa até a suavidade das poesias em fonte datilográfica.
É uma viagem de sentimentos encantadora e deliciosamente nostálgica.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

involução


nosso olhar se transformou
deixamos de lado as cores
nossa esperança se esgotou
e alimentamos temores

envenenamos nossa alegria
com promessas de redenção
abandonamos a fantasia
para não cair em tentação

subornamos nossas mentes
com sonhos pré-fabricados
pusemos a verdade sob lentes
de luxúria e de pecado

inventamos uma estrada
ai daquele que nela não estiver
maldita seja essa ingrata
alma perdida de Lúcifer

nosso olhar não é mais o mesmo
de nós também sobrou tão pouco
desses que caminham pela vida à esmo
ouve-se apenas um murmúrio rouco